O CEO da Cruise, subsidiária de veículos autônomos da General Motors, anunciou sua renúncia em meio a uma revisão de segurança na frota americana da empresa. Kyle Vogt, que liderou a Cruise nos últimos 10 anos, ofereceu pouca explicação para sua saída, declarando apenas “renunciei ao meu cargo” em um e-mail para a equipe. A renúncia de Vogt e as preocupações de segurança da Cruise representam um revés para uma indústria que depende muito da confiança do público e da cooperação regulatória.
A Cruise recentemente revelou planos ambiciosos de expandir seu serviço de táxis totalmente autônomos para cidades adicionais. No entanto, após um acidente em 2 de outubro envolvendo um de seus veículos autônomos e um pedestre, a Cruise decidiu remover todos os veículos de teste nos Estados Unidos para realizar uma revisão detalhada de segurança. O incidente levou Vogt a assumir a responsabilidade pela situação e enfatizar a necessidade de aumentar o foco na segurança, transparência e participação comunitária.
A Cruise enfrenta a concorrência da Waymo, da Alphabet, na corrida para implantar veículos autônomos. Antes da revisão de segurança, a Cruise havia testado centenas de veículos autônomos em várias cidades dos Estados Unidos, especialmente em sua sede em San Francisco. No entanto, em novembro, o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia (DMV) ordenou que a Cruise retirasse seus carros autônomos das estradas do estado, citando preocupações com a segurança pública e acusando a empresa de distorcer as capacidades de segurança de sua tecnologia.
A renúncia de Kyle Vogt destaca os desafios e complexidades enfrentados pelas empresas que operam na indústria de veículos autônomos. À medida que a indústria se esforça para conquistar a confiança do público e superar os obstáculos regulatórios, a segurança certamente continuará sendo uma prioridade.