A União Europeia (UE) está intensificando os esforços para enfrentar o crescente déficit comercial com a China, aprendendo com erros passados e adotando novas estratégias para resolver o problema. Embora as ações anteriores da UE tenham sido inadequadas, o ex-comissário de comércio europeu, Karel De Gucht, enfatizou a necessidade de medidas mais robustas.
Com o objetivo de evitar repetir esses erros, a UE iniciou duas novas investigações antidumping contra a China esta semana. Essas investigações estão focadas nas exportações de dióxido de titânio e plataformas de trabalho aéreas, seguindo uma investigação sobre supostos subsídios chineses aos veículos elétricos iniciada em outubro. Essas ações fazem parte de um impulso mais amplo da UE para mudar a política e as práticas comerciais chinesas.
A UE está adotando uma abordagem proativa ao avaliar os subsídios aos fabricantes chineses de veículos elétricos, buscando resolver o problema antes que afete significativamente o seu próprio mercado. Além disso, a Comissão está considerando diversas medidas em diferentes setores para obter o apoio das empresas europeias e dos governos membros, garantindo que qualquer possível retaliação da China afete uma gama mais ampla de setores.
Além disso, a UE está equipada com novas ferramentas para lidar com questões relacionadas ao comércio, como um instrumento anti-coerção que permite tomar medidas de retaliação contra países que impõem embargos comerciais por motivos políticos. Além disso, a UE agora tem autoridade para bloquear investimentos de empresas financiadas por governos estrangeiros e restringir contratos de aquisições para mercados fechados a licitantes da UE. Também está trabalhando em um regime de controle de exportações a nível da UE para fortalecer sua posição.
Esses esforços da UE respondem às preocupações sobre o papel dominante da China nas cadeias de suprimentos verdes e nas exportações de matérias-primas críticas necessárias para setores como baterias de carros elétricos, energia solar e eólica. A UE também está preocupada com o crescente déficit comercial, especialmente à luz do conflito com a Ucrânia e do apoio da China à Rússia.
Embora historicamente a UE tenha tido opiniões divergentes em relação à China, cada vez mais líderes europeus estão adotando uma postura mais firme. Agora, a UE está unida na compreensão da importância da China e espera ações concretas por parte deste país para resolver o desequilíbrio comercial. Os políticos de Bruxelas notaram sinais positivos de resposta por parte de Pequim, incluindo esforços para abordar as reclamações da Câmara de Comércio Europeia na China.
No entanto, há o risco de escalada, pois a China pode reagir de forma excessiva à pressão da UE, o que poderia desencadear uma disputa comercial de retaliação. Resta saber como a China lidará com esses desafios e se a abordagem da UE trará os resultados desejados.
Perguntas frequentes:
1. De qual erro anterior a UE aprendeu em suas relações com a China?
A UE não tomou medidas firmes e oportunas ao investigar os supostos subsídios chineses à produção de painéis solares em 2013, o que levou ao colapso do setor de fabricação de painéis solares na Europa.
2. Quais novas investigações antidumping a UE lançou?
A UE iniciou investigações sobre as exportações chinesas de dióxido de titânio e plataformas de trabalho aéreas. Essas investigações fazem parte de um esforço mais amplo para abordar os desequilíbrios comerciais com a China.
3. Com quais ferramentas a UE se equipou para lidar com problemas relacionados ao comércio?
A UE agora conta com um instrumento anti-coerção para tomar medidas de retaliação contra países que impõem embargos comerciais por motivos políticos, a capacidade de bloquear investimentos de empresas financiadas por governos estrangeiros e o poder de restringir contratos de aquisições para mercados fechados. A UE também está trabalhando em um regime de controle de exportações a nível da UE.
4. Quais são as preocupações da UE em relação ao papel da China nas cadeias de suprimentos verdes?
A UE está preocupada com o papel dominante da China nas exportações de matérias-primas críticas necessárias para setores como baterias de carros elétricos, sistemas de energia solar e eólica.
5. Qual é a posição da UE em relação às práticas comerciais da China?
A UE está adotando uma postura mais firme em relação às práticas comerciais da China, com uma frente unida entre os líderes da UE. A UE espera que a China demonstre ações concretas para abordar o desequilíbrio comercial.